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Dischord (2001)

Uma instalação dinâmica para três bailarinas com vídeo controlado por densidade de movimento e música eletroacústica gerada por computador ao vivo com mediação de feixes de raios laser, com um berimbalista opcional ao vivo.


A música de Dischord é uma peça de Música Concreta, projetada por um sistema de som quadrafônico e produzida em tempo real por um algoritmo programado com o ambiente MAX/MSP.
O que você ouve é a interação de cinco (ou opcionalmente seis) elementos sonoros constituintes:

  1. sons de estações de trem, de vento e de chuva, um chamado mouro à oração, coro de vozes humanas ;
  2. motores de carro falhando, guincho de pneus e sons de acidentes automobilísticos, britadeiras, vidros se estilhaçando, rangeres de porta, canto de pigmeus tocado ao contrário ;
  3. sons de passos, suspiros e vocalizações de uma mulher, música de cabaré ;

O programa em MAX/MSP responde a estímulos das dançarinas quando elas cruzam os feixes de raios laser posicionados no palco. Ao cruzar um feixe de laser, uma dançarina influencia a densidade (probabilidade de acontecimento) dos sons concretos da coleção associada àquele feixe particular de laser. Quando dois feixes são cruzados ao mesmo tempo, um sino é tocado em uma posição quadrafônica aleatória. Quando três feixes são atravessados simultaneamente, um acorde arpejado de três a sete sinos é tocado. A comparação entre as densidades das três camadas de sons concretos e a densidade dos sinos provoca mudanças nas figurações e padrões dos tambores.


música e software musical: Marcus Bittencourt
hardware: Michael Prerau
coreografia e dança: Leah Nelson, Colleen O'Meara, Dana Ruttenberg
visuais e vídeo: David Sun


Gravação, sem o berimbalista:



Vídeo da apresentação de 2001, na Prentis Hall, Columbia University, New York, EUA: